quarta-feira, 19 de maio de 2010

Perseguir calçadas.

É intuitivo, cinza concreto.
E faz no mínimo quatro anos.
Sei que não adianta,
mas mesmo assim faço.

Sempre com o olhar abaixado,
sem nunca olhar as pessoas em volta,
mas sempre as assitindo.

Eu procuro um dia.
Só isso.
Um dia que minha companhia,
não me dê tédio.
Nem seja eu mesmo.

Eu quero um dia-espelho,
na abstrata calçada de concreto,
que eu não seja infame.

E só.

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