Aquele que dorme comigo
e que comigo me dorme.
Que me adormece cativo,
languido,doce e aforme.
É o polaco de todas minhas cores,
mais que nada é meu nêgo de samba.
Que adorna, me torna cheia de olores.
Cansei do discurso,
da moça passiva,
da dona de casa:
-Você é ridícula,nem sabe pegar no joystick.
É o que diz os olhos dele,
é o que os olhos dele me dizem:
-Prá que três faculdades?
E por isso vou caminhando miúdo,
com o rabo em forma de chocalho...
Doninha de casa, já vi minha mãe
a quem papai escravizara :déspota.
É a mania de todo homem boçal:
Querer que moça selvagem
vire sua empregadinha.
Eu entendo as donas de casa
como prostitutas esclarecidas
de um homem só.
Eu sou moça ,
de um homem só.
Que de tanto amor perecido
percebe:
-É um homem, e só.
-É um homem só.
domingo, 29 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Casa nos pés
Sou eu e minha mochila,
a moça de dezoito invernos,
A que mira o céu vanilla,
a que rabisca os seus cadernos.
Moço! Eu pichei teu muro,
Eu pixei com assento onde não devia.
Mordo, esse doce é duro
Me ortiga e mata de agonia.
Posso dar uma feijoada?
Uma de todos os suínos juntos.
Das gripes que me fazem atordoada,
Aquela de todos os martírios, muitos.
E soa a nazalização ,
As letras me enojam,
a faculdade também.
E soa á estatização,
ás pessoas me enjoam,
e eu não sou ninguém.
Se o fosse matar-me-ia cantando,
Se o fosse matá-los-ia per uma cachaça.
Se ás cores que eu pichasse sangrando,
Far, me, iam dona chalaça.
E Vou a dormir nos bosques,
como os vates que pranteiam...
Eu trovejarei nos xotes,
Da sintaxe dos que bruxuleiam.
Arde-me, posto que é chama.
a moça de dezoito invernos,
A que mira o céu vanilla,
a que rabisca os seus cadernos.
Moço! Eu pichei teu muro,
Eu pixei com assento onde não devia.
Mordo, esse doce é duro
Me ortiga e mata de agonia.
Posso dar uma feijoada?
Uma de todos os suínos juntos.
Das gripes que me fazem atordoada,
Aquela de todos os martírios, muitos.
E soa a nazalização ,
As letras me enojam,
a faculdade também.
E soa á estatização,
ás pessoas me enjoam,
e eu não sou ninguém.
Se o fosse matar-me-ia cantando,
Se o fosse matá-los-ia per uma cachaça.
Se ás cores que eu pichasse sangrando,
Far, me, iam dona chalaça.
E Vou a dormir nos bosques,
como os vates que pranteiam...
Eu trovejarei nos xotes,
Da sintaxe dos que bruxuleiam.
Arde-me, posto que é chama.
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