Esse mundo por si só é um placar nulo,
de zero a zero , de sombra e de pó.
É um abajur num quarto escuro,
é um Negão mártir de dar dó.
Nem Jesus salva, não.
Quem me dera ser pura de novo,
quem me dera ter de moça o coração,
e quem me dera quebrar a casca do ovo.
Verde vivo da bandeira e do planalto,
que tá vermelho de tanto se libar,
no opróbrio, sobre o morro ,morro alto,
que conjuga com as estrelas a beiramar.
Eu não Rio,
Não sou quente , eu sou do frio.
Até uma nova morte,
a que toda vida pressagia.
Sem Sorte.
sábado, 18 de setembro de 2010
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