terça-feira, 4 de maio de 2010

Eu tenho que perguntar o porquê.

Como faço as vistas,
que nenhuma ação, agora,
de mansinho, justifica o meu auto-flagelo.

Quis me matar em goles,
consumir-me em braços
que me davam ojerija.
Tudo porque me senti profana demais,
a teu ver.

Era você e o mau gênio do meu pai
que me consumiam assim.
E fui eu mesma que cavei o meu poço sem fim.

Agora , eu tenho que perguntar o porquê:
Você não está mais noivo,
meu pai morre aos poucos
e eu vou ser mãe.

Todos tenderam a entropia.
Menos eu, menos eu...

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