domingo, 19 de dezembro de 2010

Carmim

Eu quis tingir,
o meu microverso,
na côr das paixões invisíveis.
E no tom dos pormenores urbanos.

Eu penso que, ilusoriamente,
a chuva é resultado criacionável,
de uma mente divina deturpada.

E assim é meu pranto
fruto de um patamar ínfimo,
íntimo.
É um pranto incurável,
e vermelho.
Como toda as guerras, devem ser.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Dói, porque tem que doer.

É o inverno dentro de mim,
que é encoberto pelas cores,
dos cinco dias de verão,
de Curitiba.

Eu sou toda imprudência,
Eu sou toda imperfeição.

Minha amiga, uma vez disse:
Ninguém te busca,
só buscam os próprios interesses,
e o que você pode fazer por eles.

E eu joguei minhas bonecas de pano,
todas num asilo.