quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Minha ventura.

Quando a noite cai,
em cálido pranto,
eu choro baixinho,
à margem, de teu encanto.

E no vazio,
um beijo velado dou.
É o preço das parcelas,
desse amor:
-Que jamais frio, a distância me dá.

Quero o horizonte tecer em tuas mãos:
Quem dera eu, todo dia, teus olhos beijar.
E, no sonho do gran'mistério,
desse abismo, alçar o patamar.

Quero dizer que te amo,
e sorrir-te,
É meu paraíso,
nada mais.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Espelhos d'água.

Hoje,
eu visitei o riacho de minh'alma,
e mirei-me no espelho d'agua.
Os cascalhos do fundo,
eu via.
E os lírios brancos , á margem.

Era puro e belo,
o meu reflexo.
Pela primeira vez,
eu colhi o pranto, em sonho.

Toda água dos meus olhos,
era vertida em monumeto:
à paz, e ao amor que nunca vivi.
Que vivo hoje.

E da saudade que me aperta no peito:
É uma saudade bonita,
e diáfana.
Do amor á patria,
do amor á vida,
do amor a meu amor.
Que apesar de longe,
sempre está perto.