quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Á prova de balas

Um pássaro que é ferido,
jamais se esquece,
e aprende a alternar seu vôo.
Não se deixa ser abatido.

É assim com quaisquer encantos,
e laços.
Aqueles que só existem dento de mim.
E de ninguém mais.

Essa noite, amor,
não derramei nenhuma lágrima,
não escutei nenhuma música,
e pude dormir em paz.

Eu acordei e decidi fazer como as crianças,
àquelas que caem de bicicleta no parque.
Então fui comprar meu algodão-doce,
e me deixar sorrir.

E algum dia você volta,
prá me contar do mundo que você viu.
E algum dia você volta,
prá contar do teu mundo, que ruiu.

Enquanto você pensa que me feriu,
eu rio.
Feito criança.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Celibato.

Como a minha alma amiga,
Sóror Saudade,
hei de me fechar em claustro.
Embora este, nunca sofrido.

É um claustro fruído,
das provas que tenho que passar,
para Poder:
-Wish upon a star.

Poder claro,
e vasto.
Dos céus e das estâncias desconhecidas.
Do medo que é não mais.
E se foi -
Desconheceu-me.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Premier Amour

Hoje eu vi,
estampado no céu de Curitiba,
a ressaca dos meus olhos:
Eram azuis depois da chuva.

Eram azuis porque,
aqui dentro,
tem uma partezinha que me preenche-
por inteiro.
Que me faz voar a estâncias
e ver as estrelas.
Sem nunca sair do lugar.