É esse o a priori de Caim,
aquele que dói o peito dos outros.
É o filho da Babilônia colossal,
aquela que pede a filha,
como o marido que pede a esposa
que se prostitua.
Plantei a semente da doênça,
em tantas noites de delírio anestésico de hospital:
De três em três meses eu sou internada,
nenhum médico sabe o que tenho,
só sabem que minha saúde é frágil,
e que da cama não posso sair.
Ganho mais um atestado,
que em dor e delírio
eu justifico minha ausência.
E que esta,
de mim mesma,
é a principal causa.
Me dizem, então enfadonho:
-Quem semeia vento, colhe sempre tempestade.
E Eu então irónico:
-Quem semeia a dor, colhe sempre sofrimento.
domingo, 18 de abril de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário