quinta-feira, 22 de abril de 2010

A gravidade não esqueceu, de me levar ao chão novamente.

Hoje eu vi uma velha,
uma velha amarga , ranzinza e de sonhos opacos.
Ela reclamava das dores constantes,
e que da cama já não se levantava.

Que se o marido quisesse ,
podia usar das genitálias dela,
porque nem de dor ela iria reclamar.
E muito doía.
Ele assim o fez.

A velha só esboçou um débil sorriso
e disse queria que ele fosse para o inferno.
Mas o inferno era ela.

Pediu para que lhe trocassem a fralda,
e a coberta suja de vômito.
Alcançou com as mãos descascadas o papel e a caneta.


E assim, escreveu esse poema.

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