É porque eu mirei a sombra,
de Orfeu, que virei pedra.
A pedra da sombra.
E nas pedras do limbo,
ainda há os ninhos:
De vermes multicoloridos.
E tudo caiu na minhas costas
ao soar a sétima trombeta.
Era a salvação!
Sou uma pedra bruta,
com os pés calejados
e o pulmão cinzento.
Sou a garota-cinzeiro,
e deixo que apaguem cigarros em mim.
E meus braços,
jaziam no cimento
da benfeitoria pública.
Era rubro.
domingo, 17 de janeiro de 2010
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