segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Não tenho nada, mas o que está aqui é meu.

É.
Meus punhos estão queimados,
pelo suor que não derramei no labor,
mas no pra-ser masoquistalheio.

Entendo que há uma fechadura para cada chave,
das duas que constam no meu estoque.
E cada uma delas abre uma das minhas jaulas:

-Quero ver o que há do outro lado,
que não o meu próprio dorso.

Larguei o vinho e o absinto,
os livros e o teatro.
E agora?
Só me resta a consolação da forca diária
de cuspir sangue,
da langue vida.
Ela é o expresso vermelho!

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